2 de out. de 2014

É pífio o papel dos nanicos nas Eleições de 2014; teremos que eleger a nós mesmos

Luciana, Eduardo, Levy e Everaldo não demonstram segurança e maturidade política suficiente para substituir os "macacos-velhos": os que se atacam são juntos a defesa

A Rede Globo protagonizou, mais uma vez, o debate final entre candidatos do primeiro turno à Presidência da República do Brasil. Dos 12 candidatos ao cargo, sete estiveram no debate. Três deles têm, pelas pesquisas, quase 90% dos votos, que serão dados no domingo, dia 5 de outubro: Dilma Rousseff, do PT, atual presidente; Marina Silva, do PSB, em segundo lugar nas pesquisas; e Aécio Neves, do PSDB. Dos outros quatro, três têm, nas pesquisas, 1% cada: Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL). Fechando os sete, Levy Fidelix, do PRTB, não soma 1% dos votos. O debate foi marcado por ironias e piadas entre os candidatos, pressão às falhas governamentais da atual presidente Dilma, e principalmente por uma guerra entre pequenos, explanando um possível desejo desenfreado por mudanças e uma gestão de qualidade, porém, demonstrando fragilidade se imaginada uma possível conquista do cargo por parte de algum dos chamados “nanicos”.

Amigos. Num país como o Brasil, que há anos tem sua administração pública marcada pela corrupção de seus governantes, a simples presença de outros candidatos, que mostram ter propostas e conhecimento sobre os temas do país, já anima: “Opa! Existem alguns que não fazem parte dessa cúpula política, e podem fazer algo diferente por nós!” Aí, então, quando a maior emissora de televisão do país, a quarta maior do mundo, promove o último debate antes da Eleição (que é apenas dois dias depois!), os candidatos que teriam a obrigação de trazer uma apresentação como opção de algo diferenciado e como fórmula de possível resolução de problemas, insistem em ataques ou simplesmente nos mostram que, por mais que desanime manter os mesmos governantes, são eles que ainda são os mais preparados para o cargo.

Amigos, repito. Vocês veem a que ponto chegamos? Ao ponto em que PT, PSDB e PSB (esquerda, direita e centro) são, juntos, a melhor opção! A discussão política nesse país é tão fraca, tão pífia, tão egoísta, tão inútil, que o velho consegue ser melhor que o novo. Que qualquer opção é melhor que arriscar, visto que o entendimento político dos fracos é melhor que o envolvimento social dos fortes.

Por isso, brado: Votemos todos em quem quisermos, mas votemos primeiro em nós mesmos. Elejamo-nos representantes da sociedade no contexto onde estivermos, legisladores da Justiça, executivos da verdade e judiciários da moral. É só puxando para nós a responsabilidade que teremos um sorriso de verdade no rosto, no coração, no estômago, nas pernas, em casa… na vida. Em miúdos, é ouvindo a melodia que há dança. Vem pra dança da vida.

jornal.guilhermekuhnen@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário