1 de jan. de 2015

Antecipadamente condenados ou alvos da misericórdia?

Para sentir o gosto de um tomate não é necessário entender do que Ele é feito. Afinal, à mesa, na refeição, esta informação não está disponível. Mais tarde, em outro momento, dependendo de você, ela estará disponível. Será revelada, inclusive, quando você já não estiver com fome, não precisar comer, e não tiver que escolher entre o saudável, o apetitoso, o suficiente.

Essa é uma forma de tentar explicar a seguinte parte de 1 Coríntios 13.12: "Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido" (NVI). Digo isso, pois o tempo de conhecer plenamente ao Pai e também às Suas vontades, desígnios e segredos de mente, escolhas e existência, não é agora, ele ainda virá, e algumas análises teológicas, semânticas e históricas, inclusive no que diz respeito à predestinação (ou não) para a Salvação, mostram que muita gente tenta entender o que hoje não tem explicação - não precisa, e nem deve ter.

Não há problema em expor uma explicação simples sobre as possibilidades de Salvação. Fala-se de pré-destinação fatalista (o homem está desde sempre sempre eleito ao Céu, ou não), teoria explicada pelos Cinco Pontos do Calvinismo. E também de uma possibilidade de Salvação pela fé, mediante a Graça, conhecida e explicada pelos Cinco Artigos da Remonstrância, aplicados num contexto histórico e social, por discípulos de Jacó Armínio.

O intrigante é que no decorrer da história ninguém nunca conseguiu dizer se são os pontos do Calvinismo que estão certos: os que mostram que os salvos foram escolhidos por Deus já antes do início. Também nunca se conseguiu dizer se a razão está nos artigos da Remonstrância, que mostram a Graça como disponível a todos aqueles que crerem. Nunca se houve uma "prova" a uma das ideias, simplesmente porque isso não importa.

Tentar descobrir qual teoria tem razão, num mundo onde Deus Se fez por misterioso em muitos aspectos, é o mesmo que, sentado à mesa para comer, tentar entender do que é feito um tomate. Entenderemos Deus em plenitude no Céu. E entenderemos um tomate em plenitude num estudo biológico. Nesta Terra estamos para outros fins, entre os quais, cultuar a Deus de diferentes formas, inclusive respeitando Seus mistérios.

Quanto à Salvação, não nos é necessário um grande estudo teológico para descobrir o que fazer para ser salvo. O texto áureo da Bíblia nos basta: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Afinal: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado". E, "Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!" (João 3.16; Marcos 16.16; 1 Coríntios 10.12, Almeida)

Quem precisar tomar cuidado para não cair, é porque pode cair. E quem cair, e da queda não se levantar, realmente não subirá.

2 de out. de 2014

É pífio o papel dos nanicos nas Eleições de 2014; teremos que eleger a nós mesmos

Luciana, Eduardo, Levy e Everaldo não demonstram segurança e maturidade política suficiente para substituir os "macacos-velhos": os que se atacam são juntos a defesa

A Rede Globo protagonizou, mais uma vez, o debate final entre candidatos do primeiro turno à Presidência da República do Brasil. Dos 12 candidatos ao cargo, sete estiveram no debate. Três deles têm, pelas pesquisas, quase 90% dos votos, que serão dados no domingo, dia 5 de outubro: Dilma Rousseff, do PT, atual presidente; Marina Silva, do PSB, em segundo lugar nas pesquisas; e Aécio Neves, do PSDB. Dos outros quatro, três têm, nas pesquisas, 1% cada: Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL). Fechando os sete, Levy Fidelix, do PRTB, não soma 1% dos votos. O debate foi marcado por ironias e piadas entre os candidatos, pressão às falhas governamentais da atual presidente Dilma, e principalmente por uma guerra entre pequenos, explanando um possível desejo desenfreado por mudanças e uma gestão de qualidade, porém, demonstrando fragilidade se imaginada uma possível conquista do cargo por parte de algum dos chamados “nanicos”.

Amigos. Num país como o Brasil, que há anos tem sua administração pública marcada pela corrupção de seus governantes, a simples presença de outros candidatos, que mostram ter propostas e conhecimento sobre os temas do país, já anima: “Opa! Existem alguns que não fazem parte dessa cúpula política, e podem fazer algo diferente por nós!” Aí, então, quando a maior emissora de televisão do país, a quarta maior do mundo, promove o último debate antes da Eleição (que é apenas dois dias depois!), os candidatos que teriam a obrigação de trazer uma apresentação como opção de algo diferenciado e como fórmula de possível resolução de problemas, insistem em ataques ou simplesmente nos mostram que, por mais que desanime manter os mesmos governantes, são eles que ainda são os mais preparados para o cargo.

Amigos, repito. Vocês veem a que ponto chegamos? Ao ponto em que PT, PSDB e PSB (esquerda, direita e centro) são, juntos, a melhor opção! A discussão política nesse país é tão fraca, tão pífia, tão egoísta, tão inútil, que o velho consegue ser melhor que o novo. Que qualquer opção é melhor que arriscar, visto que o entendimento político dos fracos é melhor que o envolvimento social dos fortes.

Por isso, brado: Votemos todos em quem quisermos, mas votemos primeiro em nós mesmos. Elejamo-nos representantes da sociedade no contexto onde estivermos, legisladores da Justiça, executivos da verdade e judiciários da moral. É só puxando para nós a responsabilidade que teremos um sorriso de verdade no rosto, no coração, no estômago, nas pernas, em casa… na vida. Em miúdos, é ouvindo a melodia que há dança. Vem pra dança da vida.

jornal.guilhermekuhnen@gmail.com

24 de jul. de 2014

[ARTIGO] Por que defendo Thalles Roberto

Defendo, em primeiro lugar, porque não defendo. É por não defender Thalles Roberto que posso, sem ser suspeito, defendê-lo. Afinal, a defesa que faço não é a Thalles, mas ao que dele nos diz respeito: O que ele produz, e recebemos. Se produz música e com ela meu coração consegue adorar a Deus, amém. Se produz preleções – seja em seus shows, entrevistas ou vídeos particulares – e aparenta ter um sentimento deturpado ou uma vontade contraditória, não tenho nada a ver com isso. É entre Ele e Deus. Nasce aí a essência da defesa: o filtro.

Para entender como é possível aprovar “a flor” e não aprovar “o vaso”, aprovar o dom e não aprovar o galho, aprovar o cântico e não aprovar o levita, precisamos entender que não é só de Thalles Roberto que estamos falando. Ele, visualizado por milhões, é um chavão para que consigamos falar de pessoas, meros mortais que, com seus dons, são usados e reconhecidos, mas que aparentam frutos que aguçam a dúvida com relação a suas reais convicções e motivações. Simplificando: ao falar de Thalles estamos falando de tantos outros presentes na mídia, mas também de outros presentes em sua comunidade, em seu meio. Pessoas que são usadas e levantadas por Deus que aparentam um coração deturpado e apresentam um comportamento questionável.

Esta “classe de gente” que move montanhas e multidões é velha conhecida de nós todos. A priori, falemos de Novo Testamento. Ainda mais a priori, falemos de apenas doze. Os discípulos de Cristo, o Mestre, eram, inicialmente, apenas 12. E escolhidos a dedo. Foram estes os primeiros que puderam ser conhecidos como aqueles que realmente queriam ser e buscavam, mais que qualquer coisa, ser como aquele a quem seguiam. Eram então, provavelmente, os que estavam na “mídia”, cujas obras eram vistas e comentadas. Não eram necessariamente os que cantavam ou tocavam algum instrumento. Mas eram os que, enviados pelo Mestre, pregavam, evangelizavam, cantavam e serviam. Eram, simplesmente, os que faziam. Seja lá o que fosse. E faziam sendo homens como eram: pecadores, falhos, mentirosos, ladrões. Crentes em Cristo, sim. Com uma mudança de vida, sim. Mas com uma mudança de vida como a nossa: a mudança que não finda a guerra entre a natureza divina e a natureza carnal. A luta nossa prossegue, como a deles prosseguiu. Ainda falhamos, mas levantamos. Mesmo assim, faziam a Cristo. Afinal, o que o mundo vê é o que fazemos, não o mais importante: o que está em nossos corações. Então, a essência, a motivação, o desejo, o porquê de “fazer para Deus”, se torna ainda mais importante: pois podemos “esconder”. Talvez não por muito tempo, mas podemos.

Os discípulos primeiros, obviamente, por muitos eram julgados, condenados. “Um ladrão doando?”, “Um mentiroso instruindo?”, “Um fracassado animando?”, “Um egoísta compartilhando?”, devem ter ouvido. Afinal, a regra do “mil acertos, nenhum elogio; um erro, mil condenações” é antiga. Os pioneiros discípulos do Homem da Galiléia devem ter tido o porquê de seus feitos questionado muitas vezes. Tanto pelo passado que tinham, como presente ainda falho, uma escada com ainda muitos degraus. Viam seus feitos, mas questionavam suas motivações. Entretanto, os que simplesmente acreditavam no poder de Deus eram curados, convertidos, transformados e animados. Por quê? Porque prefiram deixar de lado os julgamentos e crer na obra maior: a de Deus. Filtraram, simplesmente.

Bem como tiveram alguns dos contemporâneos de Cristo um comportamento que lhes bem valeu (olharam mais com fé que com crítica, e ficaram mais abençoados que revoltados – e chatos), assim temos que saber filtrar (como filtraram eles) o que há de bom e o que há de ruim em Thalles Roberto, Ana Paula Valadão, Pregador Luo, no pastor de sua comunidade ou no levita, que você sabe ser um entre as paredes da “igreja” e outro quando está fazendo check-in ou fazendo sua moral, seu ego, que não pode se calar. É seu filtro que vai determinar o quanto de Deus você pode receber e aproveitar – até nos momentos, pra você, mais inóspitos para sua adoração ou crescimento.

A defesa a Thalles Roberto é por não precisar defendê-lo, visto que ele não precisa ser defendido para que você e eu adoremos! Precisa ser defendido para que ele seja reconhecido como servo de Deus, semelhante a Cristo. Como este papel não é meu, a menos que Deus me direcione a isso, defendo Thalles e outras estrelinhas (de pequeno ou grande status) que me levem ao louvor. E pra quem não é direcionado à adoração, basta calar-se, e deixar que Deus resolva, sempre, o que não é de nossa conta.

17 de jul. de 2014

[DICA] He had a dream! (Ele teve um sonho!)

Martin Luther King é um dos maiores homens da história da fé cristã e da humanidade. Poucos tenham, talvez, em todos os tempos, sido tão enfáticos na prática do cristianismo instituído e instruído pelo próprio Cristo Jesus. O pastor e ativista político estadunidense Martin Luther King guerreou com a paz, lutou sem violência, e defendeu com amor. Lutou pelo fim do racismo e, em seu discurso "I Have a Dream", em português "Eu Tenho um Sonho", deixa claro que os grandes também sonham, pois é lá, na imaginação, que o impossível se torna possível - embora difícil - e o desejo vira sonho. E do sonho para a realidade, o caminho torna-se visível!

27 de jun. de 2014

[VÍDEO] Xingar a presidente foi um erro

O desrespeito imposto à presidente Dilma Rousseff, presidente da República, por parte dos torcedores presentes na Arena Corinthians, palco da abertura da Copa do Mundo FIFA no Brasil, mostrou a falta de educação que ainda nos cerca. Foi um erro. É necessário rever.

[POESIA] Velhos tempos de Inês Maria

O texto retrata uma conversa de um alguém qualquer com um outro, tão qualquer quanto. Tudo é ficção, mas tudo real. Tudo natural.

Era uma tarde ensolarada de setembro. Ainda fazia frio, apesar do cheiro de primavera. Meu casaco era indispensável. Um companheiro. O parque em que eu estava não era dos mais famosos. São Paulo tem muitos, mas poucos com tão pouco, como aquele. De árvores, tocos. De Sol, lampejos. Das borboletas, vida. E ali, sozinho, eu e minha cuia, sempre cheia. Minha cesta, vazia. O conteúdo, dado aos pássaros. Mas eu seguia bem, a pedir que de algum lugar viesse algo a se saber, se ouvir.

Dos raros galhos e das escassas folhagens presentes no Parque Inês Maria, zona Oeste de São Paulo, ruídos. Via-os a balançar. Mas era um balanço leve, a um som compassivo, que crescia. Alguém chegava. Em meu coração, alegrei-me. Conseguia sentir vestígios do velho Inês Maria, povoado de pensadores e fracos humanos, com inusitados desejos de conhecimento e crescimento como gente. Uma lágrima e só. O barulho dos galhos secos de uma árvore qualquer já virava melodia.

“Não era aqui a terra dos pequenos, mas que sonhavam com a verdadeira grandeza?”, indagou-me. Sem perguntar-lhe quem era, devolvi: “Hoje os pequenos se acham grandes, e buscam gigantes desprezos. A melodia já não ouvem, não dançam mais”. Atônito, não se apresentou. Não perguntei. Olhou para a cesta, mas com olhar singelo contei que já nada havia, e ofereci um pouco do que tinha a cuia. Tomou-a de mim e, em círculos andando, bradou por uma pobre e velha música. Contou que não sabia por que agrado seu olhar parado enchia-se de lágrimas.

Não tinha cara de brasileiro. Nem paulista. Interrompi. “És daqui, ou daqui conheces uns?” A única resposta, porém, foi que uma ânsia tão raiva queria um outrora. Me olhou, então, à espera de nova pergunta. Calei. Não disse-me ser feliz, nem ele sabia. Sabia só que o outrora, agora, foi.

O Sol foi-se embora. Não tinha (nem tenho) relógio, mas as horas devem ter-se passado enquanto sós, calados, dividíamos a cuia. Só ela. Palavra alguma. Eu, curioso, o via sem saber se enxergava. Ele, choroso, muito ouvia enquanto pouco escutava. De repente, de pé, andou. Não correu, mas pulou. Parecia sentir. E ouvir. Dançava. Não era dança de música. Parecia dança da vida.

Minha hora de ir chegava. Eu teria de perguntar. E fiz. “De onde vens?”, confiei. “Há tempos não o via aqui”, chutei. Pulou a primeira e foi à segunda, a me contar que recordava de outro ouvir-me. Falou da agora infância, só dele, que o lembrava a mim. Ali vi que os que via aqui ainda haviam. Como saber mais não cabia, terminei: “Como chamas-te?”, na esperança de lembrar quem era. Disse que era Fernando António Nogueira Pessoa.

Mas eu não lembro de nenhum Fernando dos velhos tempos de Inês Maria.

As "respostas" de Pessoa foram tiradas de "Pobre Velha Música", poema seu.
A foto é do site Escapada.blog.br, com post de Fernando Baldan.

18 de jun. de 2014

[LINK] Pensamentos

No link do Pensador UOL você encontra mais pensamentos: clique aqui.
Existem pessoas que neste momento precisam de um abraço. Existem pessoas que neste momento precisam ser beijadas. Existem pessoas que neste momento precisam de um olhar de confiança. Existem pessoas que neste momento precisam ter a "alma revitalizada". Existem pessoas que neste momento precisam de um aperto de mão confiante. Existem pessoas que neste momento precisam de palavras: de ânimo, de encorajamento, de exortação, de alegria, de amor, de amizade, de fé.  
Existem pessoas que precisam. Existem pessoas que suprem. Você, por "menor" ou "maior" que seja, sempre se encaixará em ambas. Cumpra seu dever.

[VÍDEO] A Copa do Mundo tem que ser curtida

Foi falando sobre o atual momento da população brasileira com relação à execução da Copa do Mundo em terra nostra que reativei este blog, bem como comecei as produções de conteúdo em vídeo. É jornalismo, sim. É jornalismo opinativo acreditando que a vida pode mais.

10 de jan. de 2014

[MUSICAL] A união do rap e do arranjo criativo

Um milhão de visualizações assinala o vídeo abaixo. Apenas um dos muitos na internet onde a canção "Único Incomparável", de Pregador Luo, toca. Com um arranjo musical inovador, Luo insere seu rap de sempre com a presença de sutis lembranças de outros gêneros musicais, cantando que Deus é, pra ele, único e incomparável.

28 de nov. de 2013

[MUSICAL] Aproveite: O Sol ainda nasce

O tempo não volta, não para, não dá chance para planejar o agora. O agora é agora, só dá pra pensar no depois, no futuro; enquanto isso, temos que viver o agora, sem medo. Assim sendo, temos que viver intensamente. É necessário "amar mais, até errar mais, entender mais as pessoas; é necessário complicar menos, preocuparmo-nos menos, com problemas pequenos".

O acaso vai nos proteger enquanto andarmos distraídos. Aí vale a perspectiva: se o acaso é obra do acaso, do que não se prevê e não se cuida, ou se é obra não assinada daquele que por nós olha todos os dias, e sempre olhou.


 A canção "Epitáfio" é dos Titãs, e a publico na voz do garotão de vinte e poucos anos, Fábio Júnior.